Sergio da Motta e Albuquerque
A manhã acontece, vagarosa com as brumas que descem das montanhas pela Casa do Bispo. Abaixo dela, a mata ao redor do singelo casario ameniza o calor dos moradores. A quadra de esportes mira o penhasco em frente.
Silêncio.
É Dezembro, no ano de 2020. Há luzes de Natal ao longe. Quase todos dormem nos apartamentos, em suas caixas de concreto resfriadas pela eletricidade do afogo do sol tropical. Logo despertarão, e, inocentes, recriarão outra vez o mundo que tantas vezes, em conversas, tertúlias e discursos, condenaram.
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(foto do autor)