Fazer o bem é conceder,
É ser útil,
É a única realidade.
É o destino final da criação.
É o altar da elevação dos seres.
O homem de bem não guarda rancor. Sempre perdoa. É indulgente pelas fraquezas alheias;
Nós não temos tudo para sermos homens de bem,
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Dona Neide da Gama Paes nasceu em 1927, na Paraíba, e faleceu no Rio de Janeiro, Capital, em 2017. Ela tinha 89 anos. Cresceu durante o Estado Novo de Getúlio Vargas. Foi influenciada pelo Trabalhismo de Vargas. Funcionária pública desde jovem, em 1954 casou-se com Gilberto Felício da Motta e Albuquerque.Foi um grande amor que esgarçou e rompeu os limites estreitos de uma sociedade escravocrata provinciana. Neide e Gilberto foram dois vencedores, parte da fenomenal "Geração Grandiosa", que derrotou o ódio de Hitler na II Grande Guerra.
Em 1968, seu marido morreu, tendo denunciado por carta o avanço do SNI e dos militares no campo. Ela ficou só com os três filhos do casal. Lutou como Hércules nas 12 Tarefas, por eles e pela lembranças imaginárias das bonanças de um passado em família que sempre lhe foi negadas desde a infância. Mesmo durante os poucos anos de idílio doméstico com seu marido, Dona Neide nunca teve a paz doméstica que mereceu a vida toda, antes ou depois da perda do querido marido. Como mulher solteira, viúva ou casada.
Quase cinco anos após sua partida, seu legado de amor foi disperso. Hoje a lembrança do passado de amor de Neide e Gilberto é apenas um adereço social, a demostrar aquilo que, na realidade, sempre lhe foi negado em sua vida familiar: a união da família e de seus filhos, acima dos ódios e disputas imaginárias herdadas de um passado difícil.
Rio de Janeiro, Natal de 2021, o mais infeliz de todos de todos